Isto de ter um blog, cá para mim, é coisa fina. Que o digam os meus amigos que agora levam incessantemente com a minha novissíma frase favorita, logo de manhã: - Olha vai-me ao blog…! Não sei quanto mais tempo eles e elas vão aguentar tanta pedinchisse… sim, porque os amigos são para as ocasiões, mas quando esta frase foi editada, não havia blogges a polular como cogumelos pela net fora.
De qualquer forma ele aqui está, redondinho e cheiroso, venenoso talvés, de vez em quando, mas sempre proactivo.
E por falar em proactivo, gostaria de partilhar convosco algo que, me parece, ando a perder tempo a ler… acontece aos melhores.
Mas para mim, leitora compulsiva, que não dispensa ler, seja lá o que me vier parar às mãos, mesmo numa breve passagem de olhos, sejam os folhetos dos supermercados a tratados de física quântica, ler é mesmo "the last frontier", qual Star Treck em formato de esponja.
Desta feita tenho em mãos, além de outras coisas, um tratado filosófico-comportamental de um obscuro guru nascido na Bulgária no início do século XX. O livrito trata da linguagem das figuras geométricas… interessante, pensei eu, do alto da minha imensa vontade de conhecer coisas novas.
Porém, ao fim de algumas páginas, a minha angústia foi surgindo e crescendo, ao mesmo tempo que me ia inteirando do significado dado, por este mestre, do significado do número 10.
Diz então o mestre Aïvanhov que o número 10 corresponde ao místico símbolo do círculo com um ponto no centro. Estão a ver?… há, ok… só conheço gente esclarecida, abençoados.
O mestre informa que o cículo é a representação feminina, periférica e o 1 a masculina, central. Até aqui muito bem, eles como dadores, nós como receptáculos, interactivos, simbióticos mas ambos importantes.
O relato passa a ser tenebroso quando ele diz que o espírito de Deus é o princípio masculino, o 1, que penetra a matéria desorganizada, o círculo, portanto.
E vai acrescentando que o princípio feminino é disforme e sem vida, representa o caos e a desordem, e apenas e só depois de tocada pelo "organizador do universo", o 1, masculino, se torna aflorada, animada, trabalhada pelo espírito.
Diz também que o circulo não se deve nunca apartar do 1 sob pena de se transformar num àrido deserto, infértil, sem espírito, mas, condescende, o círculo é o infinito que tudo engole, capta, recebe.
Decerto este mestre, já falecido, portanto sem se poder pronunciar, desconhecia os princípios sensoriais, matriacais e desrepressores, revestidas de carácter tantrico, de outras filosofias comportamentais que não necessitam de apelar a um suposto e muito discutível ser supremo.
Não obstante vivermos sob o controlo, menor ou maior, de um mundo patriarcal e repressor, vou-me permitir discordar deste insólito guru búlgaro, que, provavelmente, só eu ouvi falar, na medida que não entendo que algum elemento, geográfico ou não, representativo do feminino, possa ser olhado e dissecado como tão passivo, tão pouco susceptível de, sem o elemento masculino, se revestir de carácter actuante.
Discordem ou concordem, comigo ou com esse guru, prefiro pensar que esta divina comédia de saltos altos que são as mulheres, significa não um final mas sim um principiar de tudo.
E será que os sucessivos primeiros ministros de Inglaterra sabem que se alojam num número tão susceptível a polémicas?!...
sexta-feira, junho 23, 2006
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2 comentários:
Xiiiiii, bem o que posso eu dizer??
Filosofias não é lá muito comigo tu já sabes, mas concordo com o guru hehe.......
nao da pa fazer um resumo no fim?
e que texto sem desenhos...
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