sexta-feira, agosto 11, 2006

TWEETY vs JAMES BOND


Vamos agora ao TWEETY.

É um sacana de um canário amarelo que ninguém consegue deixar de gostar, mesmo que não se queira, porque não faz mal a uma mosca.
Ele pressegue impiedosamente a próxima malandriçe com o mesmo zelo com que devora alpista e sementes de girasol.
É jovem, não tão jovem como já foi um dia, mas que se lixe, o mercado está cheio de penas soltas ao vento, ansiosas por ouvir uma da suas piadas ditas naquela vozinha disléxica que todos conhecemos.
O Tweety não se veste, consome roupa, o Tweety não sai, vai curtir, o Tweety não tem namorada, tem amigas coloridas.
Nunca lhe aflorou sequer à mente assumir a pesada pena de se associar a uma canária para toda a vida, cruzes credo, lagarto, lagarto. Se o fez, por precalço do destino, então o destino é para se ir levando, pois não sofre de problemas de consciencia "what so ever", e se a canária tem a testa mais enfeitada que a Rua do Ouro no Natal, é sinal que ele não está morto.
Este simpático "herói" gosta de futebol mas muda de clube conforme aquele que está mais em voga, pois porque cargas de àgua há-de andar metido em discusões e polémicas, se pode todos os anos fazer uma farra no Marquês sempre que o campeonato termina.
Tweety tem nas novas tecnologias a sua maior fonte de alegria, é adepto dos chats da Net e, ocasionalmente, tira as sua penas farfalhudas em frente à WebCam se a gaja for mesmo de jeito, ou se for atrevidota e o elogiar q.b.. Claro que depois no dia seguinte troca impressões vastas e algo empolgadas com os outros Tweety, os quais se deslocam em bando, vestem mais ou menos de igual e possuem todos o mesmo vocabulário de chorrilho de palavrões e parvoíces de bradar aos céus.
O Tweety nunca sairá de casa dos pais, ou se tem casa própria, a mãe ou a tia vão lá com frequencia dar uma geral, deixar umas caixinhas de sopa de feijão e massa com carne, porque o menino não sabe fazer nada, coitadinho, lavam e passam a ferro e desencardem a parede junto ao computador, queixando-se que estas construções hoje em dia são uma porcaria porque o branco da parede está todo manchado.
O Tweety quando vê tv, vê o MTV, o zapping é a sua religião, não gosta de cinema se não for comédia adolescente, nunca abre um livro se este não tiver figuras em todas as páginas e aborrece-se facilmente quando tem seja lá o que for para fazer.
Agora existe uma raça nova de Tweeties. Os que passaram a casa dos 30 e ainda não acreditaram, alimentam horrorizados a esperança que quando prefizerem 40 anos o mundo já acabou.
Adoram mulheres mas têm um medo delas que se pelam, nunca as entenderam, e acham que também não é coisa que se faça nos dias de hoje.
Não percebem muito bem onde estão nem para onde vão mas também não entendem porque as pessoas se preocupam com estas coisas.
Não se consideram nem maus nem bons, mas acham a vida gira especialmente quando estão a curtir uma partidinha de snoocker com os amigos.
Acham imensa graça ao canal 2 da RTP no dia em que passa bola de manhã há noite e mudam para os anúncios da TVI quando está a dar alguma coisa que não seja bola.
Esta espécie de Tweety , mais entradote, dá concelhos à outra estirpe de Tweetys mais novos, especialmente "como comer uma gaja em 72 horas e pô-la a andar em 10 minutos, caso não nos dê o ka gente ker".
O seu slogan é " um macho não chora, não se compromete e diz sempre não no começo das frases".
Suspeita-se que os Tweetys considerem o James Bond "um kota fixe que anda sempre com umas cenas baris e umas gajas bué da boas, mas tá já passado de todo" – comentário recolhido em reportagem clandestina dito à boca pequena.
Não se sabe se os Tweeties serão o futuro ou se estão em vias de extinção, aguarda-se o decorrer do milénio para análise psico-sociológica mais apurada.

JAMES BOND vs TWEETY

Toda a gente conheçe estas duas personagens, de acordo?
São ambos sacaninhas e levam sempre a sua àvante.
Começemos pelo JAMES BOND:
É um fulano bem parecido, algo metrosexual, sempre com uma boazona de um lado, uma peça de artilharia do outro e um martini, muito seco, no meio.
O James Bond espelha um tipo de homem que nunca está aqui nem ali, revolta-se com as maldades deste mundo, considera um enorme aborrecimento, raiando o blazé, estar ao serviço de sua magestade, mas é porreiro ter ordem para matar.
É um homem decidido, apressado, nunca considera ninguém sequer equiparado a ele, quando muito as pessoas dão-lhe jeito e toleram-se por isso.
Olha as mulheres de cima a baixo, apenas parando nos hemísférios mamal e rabal, e, de vez em quando, se ela for muito má, tão má que as bruxas e os vilões fogem dela, pode comentar-lhe o vestido e o cabelo, não vá a fulada estar com o período nesse dia e dar-lhe uma valente carga de porrada.
Este nosso "herói" não é nenhum dos meus adorados da Marvel, mas ele gostava de pertencer ao clube, contudo aborrece-o andar por aí a salvar pessoas indefesas.
O carro em que acede viajar tem de ser o melhor, cheio de gadjets, senão "he’s to sexy for his car". Tem sempre os trapinhos no lugar, o cabelo arrumado e nunca se compromete. Suspeita-se que existe uma Mrs James Bond, internada num hospicío, porque as mulheres são um cabo dos trabalhos e só servem enquanto forem detentoras de um título temporário.
Mr James Bond não nutre sentimentos por coisa alguma, até porque os martinis em excesso lhe toldam a razão em cada final de tarde.
Está em fase de expansão do seu património mas odeia discutir o vil metal, isso é coisa de pobre, o que tem é seu e se está manchado dos fluídos corporais das suas vítimas, tento melhor.
Cheira o seu baú de memórias, repleto de cabeleiras loiras, ruivas, platinadas e morenas, àvidamente quando, de forma fugaz, admite que levou uma tampa e anseia por esse desafio, o de dobrar a tampa que se atreveu a bater-lhe com a porta na cara.
O seu perfil, já com alguma pregas da idade, revela que um dia destes ou larga os martinis, ou substitui a peça de artelharia por Viagra, sob pena das boazona preferirem o personagem que se segue.
Na realidade é um solitário patético que tem medo da mãe e inveja do irmão mais novo formado em Engenharia de Sistemas.
Gosta de se intitular auto-didacta e almeja escrever um dia as suas "Memoirs", que vai anotando em guardanapos de papel as quais guarda religiosamente dentro da caixa de sapatos da primeira comunhão.
Inveja a juventude e inconsequência do Tweety, mas considera-o um gajo falido e tosco.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Para cima de trezentas visitas...

... é o que consta no meu blog, pelo menos desde que coloquei aqui o contador.
O número 3 tem um significado mágico para mim.

A todos o que passaram por aqui e amavelmente perderam algum do seu tempo a ler e comentar as minhas ideias mirabolantes, o meu muito sincero obrigada!

Xi coração apertado a todos e a todas, sinceramente adoro-vos! (tststststs ah, não sabiam que eu era uma xaroposa sentimentalona pois não?... aguentem-se!!)

Music to set me on the right mood...

Falei no post anterior sobre os estados de alma que nos proporciona a música e comentou-se o estado de alma para o "momento certo", uma espécie de "sound track" para aquelas ocasiões especiais.
Aqui está o meu, passo a passo, ou um dos sound tracks possíveis...

Preliminares fase 1: Guns'n'Roses - Dont you cry ; Brian Macffaden - Almoust here; Zero 7- uma qualquer ; Lloyd Cole and the Commotions - Are you ready to be heart broken?

Preliminares fase 2 , a descoberta: Cardigans - My favorite Game; Gnarls Barkley - Crazy; Semisonic - Secret smile; Rufus Wainwright - In My Arms.

Perliminares fase 3, o tira, tira : The Strokes - We only live once; Outkast - Hey Ya; Perfect Circle - Love Song (se ele aguentar a pedalada...)

A hora H, o tira teimas : Serge Gainsbourg/Jane Birkin - Je t'aime moi non plus; Portishead - Roads/Glory Box; Albinoni - Adagio; Franz Ferdinand - Darts of plesure.

O miminho do final : Pink Floyd - Confortably numb; Clã - Problema de expressão.

O Adeus : Franz Ferdinand - Walk Away; Lenny Kravitz - Fly Away

... mas dias há, ou noites, que apenas o som dos respirares e os bateres dos corações, o som da pele a ser tocada ao de leve e depois com mais força, o som escaldantes dos beijos, das dentadas, dos corpos que se abraçam, as coisas meigas que se dizem, os palavrões, os pedidos, as exigências, os comandos, as submissões, são companhia sonora mais que suficiente, não concordam?...

quarta-feira, agosto 09, 2006

Às vezes é o que basta...


... ouvir uma música, não obstante não ser a minha favorita, para me por mais bem disposta. Esta é uma delas que dedico aos sorrisos que me dirigem os amigos e conhecidos e EU a mim mesma!

Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
So use it and prove it
Remove this whirling sadness I'm losing,
I'm bluesing
But you can save me from madness
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
So save me
I'm waiting
I'm needing, hear me pleading
And soothe me, improve me
I'm grieving,
I'm barely believing now, now
When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only

Semisonic - Secret Smile

Calor, calor, calor...


Alguém me explica porque cargas de vento está tanto calor!?...
É impossível dormir, assim!
Se estou a falar ao telemóvel com os amigos, o aparelho fica encharcado!
Tenho a pele encarquilhada de tantos banhos, a banheira já não me pode nem ver, tal é a frequencia de visitas!
A televisão aborrece-me, não consigo concentrar-me nos livros, a música fica enfadonha mesmo que seja transmitida pela minha adorada Radar!
Não como nada de jeito, só me apetecem coisas frias e líquidos e mais líquidos gelados, dou por mim a balbucionar coisas imcompreensíveis… grrrrrrrr!
Assim é demais!
Chego a ter sonhos com paisagens de neve, vejo o pai Natal com camisas de manga de cava e calções (acreditem, é um pesadelo…).
Os frigoríficos, ares condicionados e ventoínhas passaram a ser os meus melhores companheiros.
Não consigo soltar o meu enorme e farto cabelo porque me faz um calor medonho, a roupa irrita-me e só me apetece chegar a casa e andar nua.
Admito que detesto a praia cheia de gente, evito os cafés porque estão apinhados, não consigo ficar quieta muito tempo numa sala de cinema, mesmo com o fresco do ar condicionado, porque imagino o calor lá fora ainda que saia já de noite.
Estou desesperada, alguém por favor, pode mandar vir o Outono o mais rápido possível??!!

terça-feira, agosto 08, 2006

Ter ou não ter, eis a questão... 40 anos


Fiz 40 anos em Maio e algumas pessoas amigas têm-me perguntado o que mudou na minha vida e o que é isso da ternura dos 40.
Claro está que esta questão é levantada não só por aqueles que se situam numa faixa etária inferior à minha mas igualmente perguntadores são os que por ela já passaram ou a atingiram recentemente.
Bem, eu tenho respondido que ainda não sei bem o que mudou, porque apenas cheguei aos 40 anos há pouco tempo mas provavelmente pouco ou nada mudou, de qualquer forma ainda não fiz nenhum balanço.
Porém uma coisa diferente tenho a certeza que sinto: perdi difinitivamente a pachorra para aturar as tretas dos outros, as cenas parvas, as coisas sem consequencia, a falta de vontade para serem e assumirem alguma diferença ou mesmo de se assumirem a si próprios doa a quem doer.
Acho que também, paradoxalmente, me sinto mais tolerante com quem realmente merece a minha tolerância, sinto-me una com os reais problemas das pessoas, às vezes mesmo de quem não conheço pessoalmente mas com quem vou mantendo algum tipo de vínculo de amizade.
Sinto-me também mais livre apesar da noção exacta de que o tempo realmente passa a correr. Experimento coisas novas, já não digo que não a nada só porque me parece estranho de início.
Consigo disfrutar de forma mais directa e com bastante deleite de várias gerações de pessoas, talvés porque me encontre num local de fronteira a olhar para os dois mundos e lamento as perdas de tempo de quem ainda acha que o tem em abundância e admiro quem o disfruta sem peneiras só porque as datas de aniversário se vão somando umas às outras inexorávelmente.
A ternura dos 40, muito sinceramente, penso eu que não existe ou é mais um dos mitos urbanos que alguém com ar mais que repassado inventou.
Ternura temos em qualquer idade, sempre senti ternura pelos meus amigos, família, colegas de trabalho, animais de estimação, objectos pessoais e outra quinquelharia afim que me acompanha ao longo dos anos.
Não me sinto mais terna por ter completado 4 décadas, sinto, isso sim, que a ternura é um estado de alma a não ser desperdiçado nos caixotes do lixo da existência.
Também não me apráz qualificar ou quantificar quem se aproxima de uma quarentona com evidente intenção de absorver um naco de experiencia que não lhe compete. Dou comigo a pensar que é o equivalente a usar uma esponja de banho no duche que não é nossa ou a ler uma carta ou diário que não nos pertence às escondidas. Até a noção da coisa me arrepia!
Contudo reconheço, porque também passei por essa fase, o fascínio dos mais novos pelas pessoas que são mais experientes mas ainda não podem ser catalogadas como velhas; é um manancial de vivencias que parece estar logo ali à mão. Mas cuidado se se pensa que quem experienciou a vida por mais alguns anos que outros abrirá assim mão do que aprendeu, só porque alguém está interessado em saber. Nada disso!!
Gosto e sempre gostei de dividir os meus conhecimentos com os outros apesar de saber que nada sei, mas sempre numa base de reciprocidade, de aprendizagem mútua, mas agora, do alto dos meus fresquinhos 40 anos, penso que nem toda a gente tem efectivamente algo a ensinar-me apesar de achar que posso aprender muito com quem realmente tem algo para me dizer.
Pode ser paradoxal esta minha opinião e susceptível de levantar alguma celeuma, mas não me importo. Aliás, acho que os 40 anos, se mudaram a minha visão do mundo em alguma coisa foi mesmo essa: já não me incomoda o que os outros pensam de mim!!
E que sensação de alívio e liberdade proporciona esse sentimento!! Chega a ser inebriante não ter nada mais a provar a alguém nem a mim mesma. Claro está que todos os dias revejo os meus limites, redimensiono a minha escala, questiono e volto a questionar as minhas opcções e pseudo certezas, mas nunca mais em prol de ninguém que não seja eu mesma, porque quero e sobretudo porque posso fazê-lo.
Não penso que homens e mulheres aos 40 anos possam ter chegado àquilo que realmente desejam na sua vida, se têm muito querem mais, se não têm nada, toca a lutar para conseguir mais e melhor, mas já sem sentimentos de culpa implacáveis, sem considerar ou medir o peso que a sociedade caústicamente pensa de nós e dos nossos actos e opcções.
Pois é, se calhar, para mim ter 40 anos não significa mudar muita coisa porque provávelmente sempre me senti igual a mim mesma, orgulhosa das minhas qualidades, hipercrítica com os meus defeitos. Já era assim aos 20, aos 30 e provávelmente serei assim aos 50, se lá chegar.
Quem já se sente assim, livre, de cabeça feita mas fresca, absorvendo àvidamente cada segundo do dia, tentando sempre auto-superar-se e escolher o melhor para si e tiver menos 20 anos que eu ou mais 20, então penso que estaremos do mesmo lado da barricada, optamos da mesma forma e escolhemos pelos mesmos meios.
Por estas e muitas outras razões ter 40 anos é muito bom, sabe bem estar vivo, lamenta-se o que se tem a lamentar, congratulamo-nos pelas coisas boas que alguém nos proporciona ou que vivemos solitáriamente mas o tempo dos arrependimentos já passou e isso é realmente uma sensação muito positiva, já não somos mais o que alguém nos destinou, não fazemos parte do imaginário de ninguém, temos o nosso próprio Universo em que cada pontinho luminoso conta, bem como cada região de escuridão, mas são coisas nossas, apenas nossas e mais ninguém tem nada a ver com isso!!

segunda-feira, agosto 07, 2006

O pecado


"Sin sin sin
Look where we've been
And where we are tonight
Hate the sin not the sinner
I'm just after a glimmer
Of love and life
Deep inside"
Robbie Williams - Sin

Em conversa com várias pessoas onde se dissertava sobre o tema diversas foram as definições deste sentimento que nos pressegue a todos, de uma forma ou de outra.
O que é afinal o pecado? Deve ou não praticar-se?
Sendo o pecado um dos actos desviantes humanos mais antigos, a par da cobiça e da ganância, também pecados, muito se comenta sobre ele surgindo, a cada passo, simpatizantes e detractores.
Alguns decidiram que o pecado é uma "cena vintage", ou seja, quanto mais antigo e primário melhor e se é para praticar então que seja daqueles bíblicos, especialmente os que tiverem a ver com a mulher/homem do próximo, de preferencia que nos proporcione memórias sumarentas e picantes.
Vamos primeiro dissecar o aspecto masculino da questão, sempre tão colorido e efervescente: os homens são a favor do pecado!
Não tem nem talvés, são pró mesmo, seja lá que pecado for eles pecam e gostam de o fazer.
O pecado, como espólio do universo masculino, faz parte de um imaginário colectivo deles que só muito raramente acedem em ventilar na sua íntegra, até porque alguns ainda são adeptos de que certos segredos não se expoem assim em praça pública.
Isto não significa que os homens sejam discretos a pecar, nada disso, ou que tenham falsos pruridos com a matéria a tratar, esqueçam.
Eles pecam e se puderem negam sempre que pecaram e quando admitem que o pecado ocorreu o elemento culpa é-lhes tão alheio que nem se discute.
Pecou-se está pecado! Siga para bingo.
Agora as mulheres, supostamente sempre analíticas e profundas, tecem idiossincrasias sem fim sobre o acto de pecar. Se vale a pena fazê-lo, o que se perde ou ganha ao efectivamente entrar numa senda de pecado, enfim…
As mulheres são menos pecadoras que os homens ou admitem-no muito menos, talvés se enganem ao explicar que precisam menos de pecar porque são mais maduras e constantes. Ou ainda são pelo "kiss and never tell"…
Seja lá como for o pecado mora já ali ao lado e a vontade de o cometer é sempre crescente.
Pode revestir a forma mais variada, desde o pecadilho de absorver mais um bocadinho de chocolate do que se deve, até ao galar ostensivamente o rabo do/a colega que passa todos os dias por nós, passando pelas clandestinas relações pessoais que mantemos com pessoas que não deveríamos manter, com o seu expoente máximo nas escapadinhas dos nossos compromissos (casamento, namoro, etc.) pelo qual todos já passámos ou gostaríamos de ter passado.
A questão é porém apenas uma: ou se peca ou não se peca, não se pode mais ou menos pecar.
Restam-nos então os desejos de pecar, analisar porque nos apetece sempre tanto ir por aí e nem sempre conseguir resistir estóicamente e dizer não às tentações.
E não resistimos porquê? Porque percar é bom, dá-nos um outro elã à vida de todos os dias, porque alguém nos trata melhor do que aquela pessoa que temos lá em casa ou porque simplesmente nos apetece reiterar-mo-nos da nossa capacidade de sedução.
Não pecamos porquê? Porque ou não surgiu ainda a oportunidade ou simplesmente não desejamos comer demais ou comer de tudo o que o cardápio nos oferece.
Se pecarmos como nos sentimos? Fracos? Sem critério? Ou tão sómente felizes e contentes de barriguinha cheia e com um brilhosinho nos olhos por vezes há muito perdido?
Se não pecarmos qual o sentimento que prevalece? Sentimo-nos cobardes e com a percepcção de que se todos lá fora o fazem porque não o fazemos nós? Ou ficamos de paz com a nossa consciencia porque fomos fortes e soubemos resistir?
Eu, pessoalmente, peco muito mais do que deveria, já fui mais pecadora, mas confesso que para vestir o hábito de monja ou de celibatária ainda me falta pecar mais um pouco.
Claro que não estou a falar de pecados capitais, apenas pecados menores, mais mundanos.
Mas o que dizem de nós os nossos pecados? Poderão eles definir o nosso carácter e a nossa personalidade? Somos melhores se não formos pecadores ou ao pecarmos descobrimos o verdadeiro caminho da virtude?
Não sou adepta dos confessionários mas lá que eles estão repletos de histórias mirabolantes estão. Por isso lanço-vos este desafio, pecadores e não pecadores, digam-me lá que ninguém nos ouve:
- São ou não adeptos do pecado? Se pecam como e porquê o fazem, se não pecam digam-me como conseguem resistir a essa reptiliana e ancestral tentação e desvendem os vossos segredos que vos permitem manter essa inabalável integridade…

O divórcio, como ele é...



Isto é a verdadeira imancipação feminina!

Férias... de sonho...


O que poderiam ter sido as minhas férias de sonho...?

Definitivamente em Nova York!!

De nariz no ar e máquina fotográfica em punho admirando e invadindo os maravilhosos edifícios de Manhattan, tão diversos e todos belissímos.
De salientar o edificio Chrysler, magnífico exemplo de Art Déco, a imponente Times Square com os seus arranha-céus e as luzes flamejantes dos anúncios, o verdejante Central Park, O Grand Central Terminal, O Empire State Bilding, as colunas magestosas do Tribunal, o Museu Metropolitano de Arte, o Edifício da Bolsa, o incrível Flatiron, as maravilhosas igrejas e catedrais, a Biblioteca Pública, a Broadway... e muito mais.
É uma capital barulhenta, histérica, obssessivo-compulsiva até ao limite mas é a minha cidade favorita e seriam as minhas férias de sonho.
Um sonho várias vezes programado mas ainda não realizado, é uma paixão antiga, alimentada fervorosamente, um amor quase impossível mas não menos acarinhado por o ser.
Um dia, no futuro, amanhecerá comigo em Nova York, sózinha por ser uma paixão tão pessoal, jamais a conseguiria realmente viver com alguém.