quinta-feira, outubro 05, 2006

Histórias de bravura e companheirismo

O novo filme de Oliver Stone conta duas das milhares de histórias de enorme coragem na intersecção entre o bem e o mal, durante um acontecimento dramático da nossa História Universal colectiva comtemporânea.

Em vez de escaranfunchar na ferida aberta do 11 de Setembro, Stone prefere uma abordagem de esperança e bravura face a acontecimentos absolutamente esmagadores que marcaram aquele dia.

Oliver Stone aproveita para fazer, em torno do seu novo trabalho, uma saudável campanha anti-Bush, pois nunca devemos confundir a América, os americanos e os seus presidentes autistas e adeptos de campanhas virais, belicistas e invasoras.

Aliás desde o trauma americano contraído aquando da derrota no sudoeste asiático com epicentro no Vietnam, que a opinião pública americana se manifesta contra campanhas de ingerência bélica noutros estados.

Um filme que me surpreendeu pela sua sobriedade e não exploração do material de horror a que todos fomos expostos durante centenas de horas de emissão ad nausea aquando do dia em questão e ainda recentemente, aquando das comemorações da passagem do 5º aniversário daquela data.

Nunca deveremos esquecer este dia, até porque tudo aponta para o escândalo que virá a público, mais cedo ou mais tarde, pois a Mossad, serviços secretos israelitas, tinham conhecimento dos planos de ataque ao WTC/EUA, e absteram-se de informar a sua congénere americana e um país seu aliado ferrenho.

Vejam pois o filme, apercebam-se do que foi um país em estado de guerra, uma cidade em alerta máximo, primorosamente reproduzido neste filme.

Ah e levem muitos lenços para limpar as lágrimas nem que sejam as do vizinho sentado ao lado... eu levei com uma que parecia que estava num funeral de família.

6 comentários:

Anónimo disse...

Vi o filme na 3ª feira passada...
Intenso!!!!!!
"Histórias de bravura e companheirismo " São estas as palavras que procurava para definir o filme!!!! Porque estas histórias acontecem, independentemente do pano de fundo ser o WTC ou outra catástrofe qualquer!!!!

Anónimo disse...

Cara Shakti

Acabou de ganhar um amigo. As relações interpessoais são talvez o meu tema preferido, atingir a compreensão das coisas realmente provoca estados de satisfação menores pela identificação de muitos cheiros que antes não poderiamos compreender, pelo outro lado e depois de saltar o degrau irá atingir uma verdade muito superior apesar de a luta que trava para atingir melhores sorrisos ser tembém mais exigente.

Relativamente ao seu desafio, aceito. Disponha do meu espaço para isso, coloque ideias, critique, participe, proponha, é muito alongada a discussão sobre isso.

bigmacportugal@gmail.com

Foi só o melhor comentários que fizeram aqui nos 3 ou 4 meses que esta coisa tem de existência.

Anónimo disse...

Não vi esse filme e logo à partida desconfio dos propósitos do mesmo.

Shaktí disse...

Fernando: eu gostei do filme também e concordo contigo, histórias de bravura temos em todos os cenários bem como as de cobardia.

Bigmac: obrigada pelas suas palavras, eu também tenho esse tema dentro das minhas preferências, é como uma história sem fim, sempre com renovados episódios. Se bem que já deixei de tentar perceber e apanhar o fio à meada.
Quanto ao filme, a minha desconfiança é idêntica à sua, porém como gosto de pensar pela minha cabeça decidi ir ver, gostei da história e pareceu-me que o realizador foi comedido q.b., vamos esperar pelo próximo ele promete que será para expôr os podres do executivo americano face a esta trama tentando desmontar o status quo vigente.

Anónimo disse...

Bom, o comentário é excelente! O que porventura muitos podem não saber é que no corpo de bombeiros estava um português, de nome Rodrigues. Embora a história incida sobre 2 deles, é perceptível numa cena, quando o N. Cage está a fazer a chamada: A páginas tantas surge o nome Rodrigues, embora Cage não coseguisse evitar a fonética espanholada: Rodriguez!
Foi apenas um aspecto que quis realçar, pois um português também esteve nesta históris real de bravura!

João Pedro Costa

Shaktí disse...

João Pedro Costa: obrigada pelas tua palavras e sobretudo por esse esclarecimento àcerca do bombeiro Rodrigues. Porventura vamos, com o tempo, descobrindo inúmeras histórias de bravura que aconteceram naquela manhã.