quarta-feira, novembro 22, 2006

O pénis como documento


Mais um dia para as amigas. Foi ontem. Dia de bola para os comuns mortais e para nós mais um encontro de conversa animada e animante.
Desta feita fomos apenas três do grupo que se juntaram nas galerias do Chiado para dar umas valentes gargalhadas ao som dos golooooo!!! sempre que a equipa portuguesa em campo ia, aqui e ali, marcando.
Sejamos nós de que clube formos é, no mínimo, patriótico defender quem quer que seja que vista as cores portuguesas e esteja em campo a dar uma abada aos congéneres estrangeiros.
E por falar em marcar golos...
Bem, não nos reunimos em prol da actividade desportiva mais amada em Portugal ou no mundo, reunimo-nos para disfrutar da companhia umas das outras. Simplesmente.
A conversa ora decorria em inglês (uma de nós é proveniente da Hungria e ainda não domina o nosso idioma), ora em português, o que é sempre engraçado para nós e até para quem assiste, o que inevitavelmente acontece quando um grupo de raparigas se diverte sem machos por perto.
Falamos sempre imenso. Sobre livros, viagens, os nossos trabalhos, sobre o Natal que se aproxima e, claro, sobre "eles"... para variar.
O tema divergiu para um certo "materialismo picante" e eu vou ser comedida pois o meu blog não é "desses". Falávamos de pénis, sim é verdade, á hora do jantar deu-nos para comentários sobre estas "guloseimas".
Como são, a cor da pele, a textura, o calor, o comprimento e grossura. Concluímos então que alguns dos membros viris são tão grandes como hastes, estendendo-se orgulhosamente para a frente, outros são mais pequenos e envergonhados, outros ainda cor-de-rosa e macios como pequenos leitõezinhos, com veias pouco cheias. Mas há-os também de pele escura, mesmo que o homem não seja de raça negra, repletos de grossas veias que lembram a cordoalha dos navios. As curvas e desvios dos pénis também estiveram em análise, alguns parecendo autoestradas sinuosas e outros estreitos caminhos direitos.
O membro masculino pode ser orlado por uma profusa manta de pêlos ou apenas um tufo tímido e ornamentado por grandes ou discretos "enfeites". Existem ainda alguns cheios de força anímica, largos como cilindros, outros de fraca constituição.
Contudo, postas todas estas particularidades e até superficialidades de interesse feminino, chegámos à brilhante conclusão que tamanho não é documento. Apenas a grossura conta realmente e não aquilo que se chama vulgarmente "uma coisa grande". Um tamanho médio mas grosso q.b. basta-nos a todas.
Claro que a perícia do dono desse sortudo pénis é importante, ou de qualquer outro, mas isso são outros quinhentos, pode ser que um destes dias aborde esse tema, quando estiver, quiçá, mais inspirada.
Apenas não resisto a tecer um ou dois comentários sobre a perícia: é que alguns parecem estar confortavelmente "ao volante" de um robusto transatlântico quase em modo de auto-gestão, outros dão a ideia de viajarem à boleia na galáxia do sexo, numa nave cujos constantes avisos luminosos indicam que o suporte básico se encontra em "malfunction" quase permanente, ou ainda outros ostentam o seu material reprodutivo, sempre que podem, orgulhosos do que a natureza lhes deu, não obstante desconhecerem mais ou menos tudo aquilo que a experiencia de um "vintage" não necessita de alarvar.


... nem adianta explicar, pois não?...

15 comentários:

Fernando Inácio disse...

O pénis ?
Documento ou documentário ?
Escrever no pénis, qual papiro ou pergaminho ?
E pode-se escrever em Word ? ou pelo tamanho ( que não conta como toda a gente sabe ) tem que ser em sms, qual telemóvel ?
Mas depois diz-se que é uma "gloseima" um documento que se come ?
Afinal a questão resume-se tão somente a uma identidade do mesmo ?
Apesar de se estudarem medidas e origens, ornamentos e circulação ( autoestradas ??? )
Parece que as meninas são peritas em se documentarem acerca do assunto.
Já agora um próximo post poderia abordar o pénis como instrumento de primeira necessidade, nem tudo é só sexo, caramba.

Shaktí disse...

Foskas: parece que o assunto te melindrou... se somos peritas ou não em nos documentarmos neste ou noutros assuntos, isso é problema nosso, não te parece?... ou é preciso explicar...?
E falar sobre um pénis não é falar sobre sexo, apenas se falou sobre um genital e não sobre uma personalidade "atachada" ao dito.

Anónimo disse...

O assunto não me melindra.
É uma coisa com que vivo desde que nasci e portanto conheço bem.
Se se documentam ou não isso é realmente com as meninas, eu apenas quiz usar a palavra documento do titulo do texto, sem melindres.
Falar sobre pénis não é falar sobre sexo, e o post é sobre a anatomia do mesmo, eu sei, se me referi ao sexo foi apenas para rebater a outra utilidade do mesmo orgão masculino. Genital e não só.
Se fui mal intrepretado peço desde já as minhas humildes desculpas.
( sou eu sim, mas não consegui entrar com o meu nick )

Shaktí disse...

foskas: comentários de gosto duvidoso não merecem mais respostas

Anónimo disse...

Posso ajarvardar um pouco? posso?
Quem cala consente! então deixo-te uma anedota estúpida:
Duas amigas se encontraram num ponto de ônibus:
- E aí, Creuza, porque tu num foi ao pagodi onti?
- Pagodi? Qui pagodi qui nada, Craudete! Eu ônti saí cu meu branco qui é de fechá o cumercio!
- Tu saiu cum branco? Branco mermo?
- Tô falando, mulé! O nome dele é Célio. O cara se amarrou na minha
figura!
- Bom, nós cumeçamo a namorá. Beijo pra lá, beijo pra cá. Fumo tirando a rôpa... E aí ele pediu pra eu pegá o pênis dele!
- Péra aí, Creuza! Pênis? Qui diabo é isso?
- Pôrra, Craudete, como tu é inguinorante! É o mesmo qui caraio, só que é
mais branquinho, mais molinho e mais menor!!!

ahahahahahah! eu sei que é de mau gosto, mas não resisti!

Anónimo disse...

ok, não resisto a comentar sabendo que me exponho:

Discordo das meninas! Mas como sou menino, ok!

abreijos camarada

PS: Ah! e também convivo com 1 desde que nasci, convivo tão bem, tão bem, que tive de conhecer outros! (tinha de esparvoar) ó Shaktí mulher, tu não fales destas coisas que a malta fica com mau gosto.

Shaktí disse...

a todos: se calhar está mesmo na hora deste blog sair de cena.

Anónimo disse...

shaktí apaga então os meu comentários, pensei que achasses graça, não deixes de escrever, gosto de te ler...

a sério, não queria de todo ofender-te amiga

Anónimo disse...

Desculpa, tinha-me esquecido no anterior de te pedir desculpas.

abreijos

Anónimo disse...

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,

Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O’Neill

Anónimo disse...

Elucidativo!!!! Aqui está um tema em que nunca tinha pensado!!!
Sair de cena... Pois acho que não!!!!

António disse...

Shakti
Saír de cena, se me permites, nunca!

Quanto ao texto, as considerações de cada um, fazem parte do universalismo de ideias que uma sociedade democrática encerra.
Mas... o respeitinho é muito bonito.
Digo eu que andei na escola.

Um beijinho.

Shaktí disse...

António: está tudo bem, sei encaixar uma boa e uma má piada.

Fernando: veremos...

reporter: eu também acho que o respeito é uma flor que até no asfalto deveria brotar.

RuiPFG disse...

Isto é um post do caralho.
mas acho que nessa conversa entre meninas ( nao que tenha la estado mas tenho um dedo que adivinha ) se esqueceram de algo impostantissimo...
Os Tomates.
Sim, porque pilas sem tomates e como rata sem clitoris...
E ha tanto para dizer sobre os tomates ( vulgo colhões ), mas nao tenho tempo...
Fica para uma proxima

Shaktí disse...

rpedro: mas olha que falei sobre essa parte, de forma discreta mas falei.