sexta-feira, agosto 18, 2006

Mandala






Estas fotos são de trabalhos feitos em areia colorida por monges budistas. Chamam-se Mandala e são meticulosamente executados durante meses, exigindo uma enorme dose de paciencia, motivação e planejamento.
Após a execução, os monges apagam e destroem estes maravilhosos Mandala para provar que nada na vida é permamente e tudo o que pensamos ser real e constante neste mundo não passa de maya, ou seja, ilusão.
#mais informação interessante e algo perturbadora pode ser encontrada em
www.indiagestao.blogspot.com

7 comentários:

Nuno Lourenço disse...

Se me permites acrescentar mais alguma coisinha, "a Mandala é uma representação estilizada de divindades da tradição Budista tibetana. O objectivo do ritual de criação de uma mandala consiste em plantar uma semente kármica em benefício de todas as criaturas, harmonizando sentimentos e emoções. A mandala é habitualmente feita de areia de várias cores, minuciosamente depositada pelos monges artistas numa superfície de modo a formar padrões muito delicados e belos. De acordo com a crença Budista, a sua criação gera grande energia espiritual mas a obra acabada é vã. Assim, e em coerência com a ênfase no desapego que caracteriza esta religião, a mandala é ritualisticamente destruída e a areia restituída à natureza"
Deixo-te aqui este link para o visitares e caso ainda não conheças

http://www.tibet.com/Buddhism/kala1.html

Shaktí disse...

Nuno: não me recordo se alguma vez abordámos este tema nas nossas conversas, mas como praticante de swàsthya yôga, o budismo não nos diz grande coisa porque se trata de uma religião ou um conjunto de regras místicas, como queiram chamar, e nós deploramos qualquer conotação religiosa, como seja a noção do karma, pois defendemos que tudo está no próprio Homem e nada deve ser atribuído a uma razão divina.
Por ser uma prática física intensa, o budismo utiliza o yôga como forma de atingir o nirvana e com isso comungar com Buda, o seu deus.
Nós utilizamos a prática para nos auto-superarmos e a mesma é muito mais antiga que qualquer forma de budismo/tibetanismo pois tem mais 5.000 anos.
Se preferires, o budismo usa os exercícios físicos do swàsthya yôga porque os mesmos são altamente exigentes e complexos e levam a estados de concentração muito elevados, porém apenas queremos comungar connosco mesmos e superar as nossas limitações físicas e psicológicas, sem ver nisso uma forma de estar com qualquer "deus".
Em suma, nós somos os nossos próprios deuses.
Claro que utilizamos um panteão mitológico para ilustrar certos propósitos, mas apenas de uma forma algo identica à da mitologia grega ou romana que elaborava histórias de deuses para enaltecer ou escarnecer de alguma da tipologia humana.
Nós excluímos sempre qualquer ligação a elementos de carácter divino para explicar seja lá o que for que ocorre nas nossas vidas.
De forma mais complexa e elaborada os budistas defendem, tal como os cristãos, algo parecido com o "dar a outra face".
Nós não só não damos a outra face como também procuramos sempre conseguir o que é melhor para nós, seja materialmente seja psicológicamente, obedecendo contínuamente a uma base de tolerância e bom senso.
Obrigada, contudo, pela simpatia do teu comentário e da informação do site que irei consultar com todo o gosto.

Shaktí disse...

E esqueci-me de um detalhe muito importante, os budistas são celibatários e nós jamais entraríamos por aí, pois a linhagem da nossa escola é Tântrica, como tu, aliás, já sabes.;))

Nuno Lourenço disse...

Obrigado eu pelo esclarecimento, era só para tentar complementar o teu post, mas sim são coisas bem diferentes.

Shaktí disse...

Foi com prazer que o fiz. Claro que também são utilizados por nós os Mandala, pela mesma razão que os budistas o usam, para provar a inconstancia das coisas mundanas, porém esta forma de religião acabou por plagiar os propósitos da nossa prática e postulados.
Óbvio que isso não é negativo, muito bem pelo contrário, porém a enorme divulgação que o budismo tem benificiado nos países ocidentais tem a ver mais com a prática religiosa e com a figura do Dalai-Lama e a simpatia que os americanos, hipócritamente, nutrem por ele e pelos seus ensinamentos.

Maresi@ disse...

Mt informaçao nos das neste teu lindo recanto:)))
Voltarei breve...
deixo beijo_____________Maresi@

Shaktí disse...

Sda: já pensaste que o efémero não é nada mais que pontes que transpomos para entrar em novas certezas, na altura fascinantes e depois também elas, algum dia, efémeras?...

beijo

maresi@: que palavras tão amáveis as tuas, volta, receber-te-ei de braços abertos.