Escrever é sempre uma catarse, expelindo de nós as palavras, fica o vazio e quantas vezes expurgados desses sentimentos que nos levaram a dar à luz essas palavras não nos resta senão esperar que a taça se encha de novo e tudo, enfim, recomeçe.
Fecho os olhos e projecto na minha mente um penhasco altissímo e escarpado comigo à beira dele, abro os braços e sinto todos os elementos naturais que me circundam.
É assim que começo quando escrevo seja o que for, quando o cálice está repleto e o autismo parece habitar em mim.
Gritar ao penhasco ou simplesmente sussurrar-lhe as lutas titâniacas que se geram cá dentro é assim que comunico com o infinito.
O infinito nem sempre me devolve o olhar que procuro... às vezes apenas oiço o eco das minhas próprias angústias num amargo solilóquio.
3 comentários:
Sda: Foi um prazer aliás as palavras escritas no teu post foram a minha fonte de inspiração, obrigada por isso. Beijos para ti.
pm:na escrita podemos ser tudo; escrever a vida ou viver a escrita, são sempre pedaços de nós.
obrigada a ambos pela visita
Sim sem dúvida como voçês muito bem disseram escrever é projectar o que nos vais na mente o que nos vais na alma e quem não o sabe fazer??
nuno, devolvo-te a pergunta... até porque são muitos os que não o sabem fazer.
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